1ª Etapa – De Ferrol a Pontedeume

«De Ferrol fomos a Pontedeume…

…E em Neda parámos pr’almoçar…

…Caminhámos junto ao mar…

Tockandar!!!»

 

Acordámos bem cedinho, esperando por um bom pequeno-almoço… Mas afinal… Afinal havia sumo de laranja e alguns croissants e pouco mais. Com esta desilusão de pequeno-almoço, lá nos fizemos ao caminho, voltando ao ponto de início onde tínhamos estado na véspera…

   

Ainda houve a proposta de começarmos a partir do Hotel, mas optou-se por iniciar o caminho junto ao porto, onde os peregrinos ingleses atracariam nos seus barquitos… E assim foi!

 

Saímos de um Ferrol urbano e degradado, seguindo as vieiras e as setas amarelinhas…

 

Observando o descontentamento galego em relação ao governo espanhol…

  

E uns kms depois lá chegámos finalmente a uma paisagem mais agradável…

 

Após 7kms fizemos uma breve pausa… Para repor energias, esticar o esqueleto…

E andar de baloiço!!!

 

Minutos depois voltámos ao caminho, plano nesta fase, sempre junto ao mar…

  

Passámos a Ponte D. Carlos Aguiar – assim a nomeámos pois o Carlitos tinha um trilho de GPS que atalhava por esta ponte, poupando uns 5kms de trilho… Mas optou-se por fazer o caminho na íntegra… Era o 1º dia e tínhamos tempo…

Tempo até para “cheirar as flores”

 

Mais à frente, as barriguitas começaram a dar sinal e perguntámos a uns “nativos” onde é que poderíamos arranjar um cafezito… Lá nos deram indicação que em Xubia, perto do Albergue de Neda haveria um cafezito aberto!!

 

A caminho de Xubia encontrámos uma outra sinalização… Era para San Andres de Teixido, um outro santuário…

 

Mas o nosso caminho seria outro… Para Santiago, cruzando uma ponte sobre o rio Xubia…

Passamos pelo calçadão… E mais outra ponte…

E eis que chegamos ao albergue de Neda, perto de Xubia!! São 11h30 e 17km já estão feitos!!

  

Aqui paramos para almoçar uma empanadilla de pollo e setas… Muy rica!! Pois então!! E o palmier de sobremesa que eu comi, que era do tamanho da minha cabeça!! Ah pois é… Estes galegos não brincam!!

  

Energias repostas, continuamos o caminho, abandonando momentaneamente o litoral…

Mais à frente, passamos numa igrexa, em Neda, onde estava a decorrer a missa… E não é que a Cacilda, com um movimentozinho de mochila, aproveitando a altura em que o Carlos abre a porta, atira com o placard para o meio do chão!!! Pum-catrapum-pum-pum!!! Lá se apanha o placard e se volta a por no sítio e saímos de mansinho que o Sô Padre já ficou com assunto para debater na missa!!

Percorremos a bom passo as ruas de Neda…

E mais à frente fomos encontrar uns tanques, onde aproveitámos para descansar uns minutos e nos refrescarmos. Estava muito calor e o piso, de alcatrão, estava bem quente, por isso aquela sombra soube que nem ginjas!!

    

De volta ao caminho, voltamos às vistas do mar, antes de chegarmos a Fene, altura em que viramos para o interior, seguindo as setas do caminho…

 

Entramos agora num percurso belíssimo, no meio de um bosque com muita sombra (e que bem-vinda que ela é, pois o calor continua!!)

 

Mais à frente o Zé Manel, ajuda a compor uma mariola, marcando o caminho em homenagem aos mariolas que não vieram… ;)

 

E lá seguimos nós o trilho… Colhendo uma e outra flor e aproveitando os túneis de vegetação que nos refrescam o caminho…

     

Mais à frente, mais uma pequena pausa, para um biscoito… Ou dois!!

E tockandar, que isto parado não está a dar!!!

 

Deixamos os prados e regressamos ao bosque… e às flores…

  

Mais um bocadinho de alcatrão… Mais umas flores… Mais um rio…

   

E eis que no meio de um bom caminho, se começa a ver a Praia da Madalena!! Estamos perto, malta!!!

  

E enquanto a malta se refresca no bar da praia, eu faço a minha dança de felicidade, com os pezinhos na água!! Fssssss… até fizeram vapor quando lá entraram… Tivera eu o fato de banho vestido e até um mergulhinho dava!!

 

Ah, mas não fui a única a fazer fssss na água!! A Cremilde, a Cacilda e o Carlos fizeram-me companhia, à medida que avançámos praia a fora, rumo à ponte sobre o rio Eume!!

   

Cruzámos o rio pela dita ponte de 15 arcos, que dá o nome a este município e chegamos finalmente ao Albergue de Peregrinos… que estava fechado!!

 

Já tínhamos tentado contactar o albergue sem sucesso, mas desta vez o nº de tm escrito na porta foi atendido por alguém que se prontificou a mostrar-nos o albergue, mas só nos poderia albergar a partir das 19h30… “O quê?!” Como eram 16h45 e não fazia muito sentido estar tanto tempo ali à espera, 3 de nós fomos procurar alternativas, enquanto os restantes ficaram à espera do “albergueiro”, tendo conseguido convencê-lo a deixar-nos alojar mais cedo!!

E foi assim que encontrámos o nosso poiso para a noite!! Limpo, ainda com cheiro a novo. Os beliches nem eram desconfortáveis e ainda nos deram umas fronhas e lençóis descartáveis!!

Banhocas tomadas, o meu Mano pede-me ajuda para lhe calçar as peúgas… Ai se eu soubesse!!!

Bom, mas deu para abrir (ainda mais) o apetite para o petisco que viria a seguir!! E foi na petisqueira “Compostela” que nos aviámos… e à primeira etapa do caminho brilhantemente concluída brindámos!!!

Depois… bom, depois de uma etapa de 34km o que é que queriam?! Depois foi massajar os pezinhos e tockadormir que amanhã há mais!!!